Queda na vacinação acende alerta para doenças já erradicadas no Brasil

Em agosto, o Brasil iniciou um Campanha de Multivacinação, com foco especial no sarampo e na poliomielite, em meio a um quadro de baixa cobertura vacinal que causa preocupação. A campanha precisou ser prorrogada até 30 de setembro por não ter atingido a meta da taxa de vacinação, e 12 estados + Distrito Federal decidiram prorrogar novamente a campanha até 31 de outubro, pelo mesmo motivo.

Dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a taxa de vacinação infantil no país vem sofrendo uma queda brusca: a taxa caiu de 93,1% para 71,49%.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação contra a poliomielite caiu de 84%, em 2017, para 66% em 2021. A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, passou de 86% para 70%. Contra a tuberculose, caiu de 97% para 65%!

Até o dia 17 de outubro de 2022, Dia Nacional da Vacinação, o país tinha atingido 66% da população vacinada contra a poliomielite, o que ainda está bem longe dos 95% estabelecidos como meta pelo Ministério.

Alerta para novas epidemias

O Brasil já ganhou certificado de erradicação da poliomielite, em 1994, e de “país livre do sarampo”, em 2016. A certificação do sarampo foi perdida em 2019, devido à números que já configuram uma epidemia no país, e nosso título de país livre da pólio também está ameaçado, devido à baixa cobertura vacinal.

Um informe técnico sobre a campanha de vacinação contra o sarampo, divulgado em março de 2022, aponta que 39.342 casos de sarampo foram confirmados no período de 2018 a 2021, totalizando 40 óbitos pela doença. Em 2022, até a divulgação do documento, foram confirmados outros nove casos de sarampo.

No caso da Poliomielite, o país não confirma nenhum caso desde 1989, mas a Organização PanAmericana de Saúde (Opas) recentemente voltou a nos considerar um país com alto risco para a doença, bem como outros países das Américas.

Eficácia das vacinas e seu funcionamento

Notícias falsas têm motivado um movimento antivacina nos últimos anos, o que pode estar por trás da baixa taxa de vacinação atual. Mas o fato é que a vacina é uma das soluções da ciência que mais salvaram vidas no último século.

Ao todo, as vacinas salvam 4 vidas por minuto e geram uma economia de 250 milhões por dia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Elas reduzem as doenças infecciosas, diminuem o nível de hospitalização e promovem a economia de gastos com medicamentos e tratamentos.

As vacinas são substancias biológicas introduzias no corpo para estimular o sistema imunológico humano a produzir os anticorpos necessários para evitar o desenvolvimento de doenças causadas por bactéria, vírus, fungos e outros microrganismos.

Para saber mais sobre a poliomielite e o sarampo, acesse a página oficial do Ministério da Saúde sobre as duas doenças, clicando aqui e aqui.

A Fundação Gol de Letra, enquanto organização da sociedade civil, faz parte da rede de proteção e do sistema de garantia de direitos que deve agir na defesa da infância, além de ser corresponsável pela efetivação destes direitos.

Por esse motivo, solicitamos a carteira de vacinação no ato da matrícula das crianças em nossas atividades, além de orientarmos a população e colaborarmos com os equipamentos de saúde dos bairros atendidos para a divulgação de campanhas de vacinação.

Fontes: Folha de S. Paulo, CNN, Informes técnicos das campanhas de Multivacinação, Poliomielite e Sarampo, do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm).

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