Há três anos um grupo de educandos, monitores e educadores da Fundação em São Paulo começou a se reunir em uma pequena praça da Vila Albertina para tocar e cantar músicas de Capoeira. Era julho, período de férias, e os participantes estavam sentindo falta das atividades diárias. À medida que frequentavam o espaço, perceberam que haviam criado um ponto de encontro para a prática da modalidade além dos muros da instituição.

Foi então que surgiu uma ideia: fazer uma roda de capoeira aberta para que todos do bairro pudessem participar. Por iniciativa própria organizaram tudo e começaram timidamente a se reunir no local conhecido como a “Pedra”, uma pequena praça onde se localiza uma pedra de grandes proporções e, por isso, é um ponto de referência na comunidade.

Assim, poderiam reunir o grupo de praticava Capoeira na Fundação e outros amigos interessados em jogar ou somente assistir, além de ocupar um espaço público da região que nem sempre era utilizado adequadamente.

Ou seja, acabaram por proporcionar um ambiente de lazer, diversão, convivência democrática entre os moradores. Foi assim que a “Pedra” passou a ser conhecida como o ponto de encontro do grupo e hoje anima as noites da última quinta-feira do mês na comunidade ao som de berimbau, pandeiro e muitos cantos.

Em 2018, ao comemorar 3 anos de existência, o grupo da “Roda da Pedra” reuniu moradores e outros atores locais para uma revitalização do espaço. Juntos fizeram a limpeza do entorno, pintura e conscientização sobre a manutenção da praça, que vinha sendo constantemente utilizada para descarte de lixo. Um belo exemplo de mobilização comunitária para melhorar o lugar onde vivem.

“A Roda da Pedra é importante porque além do divertimento, a gente consegue incentivar o respeito às diferenças e o envolvimento dos moradores. É um espaço que tem um enorme potencial educativo e estabelece novos vínculos de amizade”, diz o educador Flávio Matteucci, um dos criadores e incentivadores do grupo.

Parabéns, galera! E vida longa à “Roda da Pedra”.

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