Evento temático debate o que é ser uma mulher periférica

Exposição de aquarelas, documentários e roda de conversa contribuíram com debates sobre as lutas das mulheres

Neste mês de reflexão sobre a luta pelos direitos das mulheres, o encontro temático proposto pelo Programa de Jovens trouxe sua contribuição para o debate junto à comunidade com o evento “Mulheres, periferias e lutas”, realizado na noite da última quarta-feira (20), no espaço de apoio e aprendizagem AlfaEco.

O encontro contou com uma exposição de autorretratos em aquarelas, produzidos pelas integrantes da oficina de Grafitti, e a exibição de dois documentários: “Nós, Carolinas” e “Mucamas”.

O primeiro curta-metragem foi produzido pelo coletivo “Nós, mulheres da periferia”, em 2017, e traz depoimentos de quatro mulheres moradoras de diferentes comunidades periféricas de São Paulo sobre seu cotidiano e suas vivências na cidade, com recorte de classe, raça e gênero.

Segundo o próprio coletivo, racismo, solidão, maternidade e a busca da autoestima são alguns dos temas levantados pelas entrevistadas, que têm entre 17 e 93 anos. Embora possuam trajetórias diferentes, todas estão conectadas por elementos cotidianos, como os impactos do machismo e desigualdades raciais e sociais ainda presentes no Brasil.

Desde o ano passado, o documentário de 17 minutos está disponível gratuitamente na internet e pode ser acessado nos canais do coletivo “Nós, mulheres da periferia”. Confira:

Também foi exibido o documentário “Mucamas”, de 2015, também produzido por um coletivo feminino, o “Nós, madalenas”. O grupo possui, entre seus membros, cinco meninas cujas mães são ou foram empregadas domésticas. O curta-metragem de apenas 15 minutos traz as histórias de vida dessas mulheres e as desigualdades e preconceitos que elas sofrem por conta de sua profissão.

Ao entrevistar suas próprias mães, as filhas mostram ao espectador como a relação entre Casa-grande e Senzala ainda existe no Brasil do século XXI e os convida a ter um olhar mais sensível e respeitoso com este ofício.

“Mucamas eram as mulheres negras trazidas para serem escravas de estimação das sinhás. Elas cuidavam do serviço doméstico da Casa Grande, da criação e amamentação dos filhos da família, cozinhavam para os seus donos, mas moravam na senzala com os outros negros”.

Após a exibição dos dois filmes, foi realizada uma roda de conversa entre os participantes para refletir e debater sobre os temas apresentados pelos curtas. Ione Maria, produtora de “Mucamas”, também participou do encontro e compartilhou um pouco do processo de produção do filme. 

Também esteve presente Nathalia Santos, que também trabalha com Produção Cultural e participa do coletivo “Você tem Fome de Quê?”, que trabalha com acesso à leitura e valorização das origens nordestinas.

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