Programa de Jovens realiza sua VI Mostra Cultural E.E. Dr. Sócrates

Depois de passar todo o primeiro semestre de 2019 desenvolvendo suas habilidades artísticas durante as oficinas culturais do Programa de Jovens, os educandos e monitores apresentaram, em junho, a VI Mostra Cultural. Colegas, amigos e familiares prestigiaram as exposições, filmes e mostras cênicas apresentadas.

A noite começou com uma apresentação de Parangolé intitulada “Trilhando o Rosário: cores e Dores”, organizada pelos monitores do Programa de Jovens. A apresentação foi realizada na quadra de esportes da E.E. Dr. Sócrates Brasileiro, onde também foram expostos trabalhos de xilogravura, lambe lambe e fanzines. Ali também teve espaço para uma troca de livros e exposição de trabalhos em madeira realizados durante a oficina de Marcenaria.

Após o Parangolé, o analista do Programa de Jovens, Ismael Pinheiro Lobo de Toledo, fez um discurso oficial de abertura. “A Mostra Cultural é um resultado de um semestre todo, de um processo artístico e sócio pedagógico, onde os educadores e mediadores proporcionam algumas vivências junto aos jovens não somente pensando na arte técnica, mas a socialização e no processo de transformação dos jovens”, disse.

Ismael ainda afirmou que, durante as oficinas culturais, os jovens têm a oportunidade de vivenciar e discutir vários temas pensando na criticidade, no desenvolvimento da sua própria autonomia e em sua emancipação. “A proposta é trabalhar a cultura de paz e contribuir com o projeto de vida de cada jovem aqui. O processo de transformação também impacta a relação deles com a Vila Albertina, que é onde atuamos e pensamos o espaço para proporcionar à Vila também momentos de lazer, cultura e arte”, concluiu.

A Mostra seguiu com a apresentação de filmes produzidos durante as oficinas de audiovisual e de dança. Sandro José da Silva, monitor de dança, explicou um pouco do processo de criação. “No fundo, o princípio da nossa oficina é que o jovem se pergunte que corpo é o meu. É um processo de transformação, estimulado pelo autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal de cada um”, disse.

Após a exibição dos curtas, os jovens da oficina de percussão da E.E. Dr. Sócrates e da Associação Mutirão se juntaram para fazer uma roda improvisada de maracatu, capoeira e maculelê. “Nós nunca tocamos juntos, e hoje nosso desafio é juntar essas duas galeras em um som só”, explicou Flávio Matteucci, educador de percussão. “A ideia é tocar e despertar a atenção dos jovens para a realidade, para o trabalho em equipe, a escuta ativa e a comunicação”.

O público presente ainda pôde prestigiar uma exposição com trabalhos dos jovens participantes da oficina de grafitti, que precedeu o exercício cênico dos frequentadores da oficina de teatro. Nesta última apresentação, os jovens criaram, de maneira colaborativa, “O Auto da Vila”. A peça mergulha na obra “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, e faz uma releitura na ‘cidade dos GRITIS’. Nesta cidade imaginária, foram contados causos e casos, com muito humor e brilho.

Toda a concepção das apresentações é escolhida e pensada pelos jovens, que participam desde a montagem até a mobilização dos convidados para o evento. As fotos são de Victor Prudêncio.

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