Agentes em formação incentivam cultura literária
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Por Raquel Souto, Educadora da Fundação Gol de Letra.
A formação de agentes de leitura e narrativas orais na Biblioteca Comunitária do Caju iniciou sua primeira turma no início de outubro e tem como objetivo contribuir para a ampliação da cultura literária no território, mobilizando jovens e adultos para a importância do papel das narrativas orais na promoção de acesso ao livro como elemento cultural e político.
Entendemos o livro como objeto que contém conhecimentos e experiências importantes e que o acesso a esse instrumento é um direito previsto em lei.
A Política Nacional de Leitura e Escrita (Lei 13.696/18), possui como diretrizes, por exemplo, “a universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas” e “o reconhecimento da leitura e da escrita como um direito, a fim de possibilitar a todos, inclusive por meio de políticas de estímulo à leitura, as condições para exercer plenamente a cidadania, para viver uma vida digna e para contribuir com a construção de uma sociedade mais justa”.
Visto isso, como biblioteca comunitária, consideramos essencial garantir estratégias de multiplicação de diferentes formas da literatura chegar até aqueles que não possuem oportunidades suficientes de alcançá-la. Essa é a missão que esses jovens e adultos aceitam ao ingressar nessa formação. A de contribuir com a democratização do acesso ao livro, à literatura e às narrativas orais.
Através de aulas teóricas sobre cultura, oralidade, literatura preta e indígena, representatividade positiva e sobre o papel do livro e das narrativas orais na transformação social, esses agentes multiplicadores são preparados para promover ações culturais no território e assim oportunizar a essa comunidade o acesso a um direito tão fundamental para o desenvolvimento do exercício pleno da cidadania.